A investigação biológica e os descobrimentos paleontológicos evidenciam que as espécies animais conhecidas derivam de outras que evoluíram anteriormente, as quais foram manipuladas nas suas características fisicas e aptidões.
Eohippus era um animal com cerca de 35 cm de altura, tinha o dorso arqueado e o seu apoio era em 4 dedos.
O registro fóssil mais antigo foi encontrado na Inglaterra, pelo paleontologista Richard Owen, em 1841, e nos mostra que os primeiros cavalos descendem de uma linha evolutiva com cerca de 60 milhões de anos, que aparentemente iniciou-se com o Hyracotherium (fig. 1) - um animal primitivo com cerca de 40 cm de altura. Em 1876, Othniel C. Marsh encontrou, na América, um esqueleto completo de um animal muito similar, que foi chamado de Eohippus ("dawn horse"), o antecessor do cavalo moderno. Após algum tempo, ficou claro que os dois fósseis encontrados, eram sinônimos (Gould 1991), prevaleceu, desta forma o nome Hyracotherium por ter sido prioridade de publicação (Lei da Prioridade da Comissão Internacional de Nomenclatura Zoológica - ICZN).
Cerca de 50 milhões de anos atrás, no Eoceno, surgiu, por uma série de modificações gradativas, o Orohippus, ou cavalo da montanha, que apesar do nome, não vivia nas montanhas. Ele possuía tamanho parecido com o Hyracotherium, um pouco mais delgado, com cabeça alongada, muito similar a um gato. Patas traseiras longas, ou seja, características de um bom saltador.
Este pequeno animal foi, provavelmente, herbívoro e embora possuísse pés chatos, o dedo vestigial encontrado no Hyracotherium, não foi encontrado no Orohippus, as patas dianteiras possuíam quatro dedos e as traseiras três dedos almofadados, que evitavam que tocassem o chão. As mudanças mais dramáticas entre o Orohippus e o Hyracotherium foram os dentes: o primeiro pré-molar é reduzido, o último pré-molar mudou de forma e função para um molar, e as cristas dos dentes tornaram-se mais pronunciadas. Estes fatos deram ao Orohippus uma grande capacidade de mastigação, sugerindo que este animal se alimentava de material vegetal mais duro (MacFadden 1976).
Ainda no Eoceno, há cerca de 47 milhões de anos atrás, surgiu o Epihippus, que continuou a tendência evolutiva cada vez mais eficiente de moagem: possuía cinco dentes de coroa baixa, moedores, com cristas bem formadas. Uma forma de tardia de Epihippus às vezes chamado de Duchesnehippus tinha dentes semelhantes aos eqüídeos do Oligoceno, embora um pouco menos desenvolvidos. Acredita-se que o Duchesnehippus pode ter sido um subgênero do Epihippus ou um gênero distinto, isto ainda é bastante controverso (Hunt 2003).
Já no final do Eoceno e começo do Oligoceno, o clima foi se tornando mais árido e muitas gramíneas se desenvolveram, surgiu, então o Mesohippus: de constituição mais sólida, maior e com patas, pescoço, focinho e face mais alongados e costas menos arqueadas. Já apresentando uma redução para 3 dedos e dentes mais adequados às gramíneas do que arbustos e musgos dos pântanos. Este animal possuía uma depressão no crânio ou fossa facial superficial. Outra característica era hemisférios cerebrais bastante largos, similares ao cérebro eqüino de hoje (Hunt 2003).
Há aproximadamente 36 milhões de anos atrás (Mioceno), quase que abruptamente, originou-se o Miohippus, ou miópio, onde uma das primeiras espécies era Miohippus assiniboiensis (Hunt 2003; Prothero & Shubin 1989). Estes pequenos “cavalos” possuíam dedo médio mais longo que de seus antepassados.
O miópio era bastante grande se comparado com seus antecessores, suas articulações do tornozelo haviam mudado sutilmente, seus dentes apresentavam crista superior extra, que é característica da dentição dos Eqüídeos mais recentes e sua fossa facial era maior e mais profunda (Prothero & Shubin 1989).
Existiu, também, um gênero, não muito conhecido, o Kalobatippus, cujos dentes pareciam ser intermediários entre Miohippus e Parahippus, que surgiu no início do Mioceno e foi um pouco maior do que Miohippus, com aproximadamente o mesmo tamanho de cérebro e corpo com o mesmo formato.
O Parahippus ainda tinha três dedos, e estava começando a desenvolver certo molejo nos ligamentos do pé, mostrou o estabelecimento permanente da crista extra nos dentes, que era variável em Miohippus.
Logo a seguir, ainda no Mioceno, surge o Merychippus, que também possuía três dedos, mas, os laterais eram diminutos: possuíam um casco curvo que sustentava o peso do animal. O focinho era alongado e os olhos localizados mais atrás da cabeça, cedendo espaço para acomodar as grandes raízes dos dentes. O cérebro era maior, com neocórtex fissurado e cerebelo maior. O Merychippus foi nitidamente reconhecido como sendo um cavalo, pois tinha uma cabeça típica de "cavalo" (Hunt 2003; MacFadden1984).
O Pliohippus surgiu no meio do Mioceno como um cavalo de 3 dedos e foi gradativamente “perdendo” (através da evolução) os dedos laterais (início do Plioceno). Ele era muito semelhante ao Equus, exceto por duas características: fossas faciais profundas e dentes fortemente curvados, enquanto que Equus não possui fossa e os dentes são bastante retos. Apesar de Pliohippus ser relacionado com Equus, ele provavelmente não o originou. Astrohippus foi outro “cavalo-de-um-dedo” que surgiu pouco depois e também teve grandes fossas faciais, sendo, provavelmente, um descendente de Pliohippus (McFadden 1984).
Por último, recentemente foi descoberto um terceiro “cavalo-de-um-dedo” chamado Dinohippus, que surgiu há cerca de 12 milhões de anos: seu antepassado exato ainda não é conhecido (Evander 1989). Assemelham-se de perto quanto à morfologia, dentes e crânio do Equus. No final do Plioceno, Dinohippus era o cavalo mais comum na América do Norte e quase certamente deu origem ao Equus (Hulbert, 1989). Plesippus costuma ser considerado como um estágio intermediário entre Dinohippus e Equus.
Os restos fossilizados foram originalmente chamado Plesippus shoshonensis, mas um estudo mais aprofundado, pelos paleontólogos, determinou que eram os mais antigos restos fósseis do gênero Equus (McDonald 2008). O seu peso médio foi estimado 425 kg, ou seja, aproximadamente o tamanho de um cavalo árabe. Há cerca de 2,5 Milhões de anos atrás chegou à Eurásia através do estreito de Bering (Franzen 2007). No final do Plioceno, o clima na América do Norte começou a esfriar significativamente e os animais foram forçados a migrar para o sul. Um grupo de Plesippus fugiu para a América do Sul, e outro para a Ásia e Europa. Uma parte também se manteve no sul da América do Norte (Franzen 2007).
Na América do Sul, surgiu o Hippidion, desenvolvido a partir de Plesippus, tendo patas relativamente curtas e profunda reentrância nasal no focinho fino e delicado. Ele continuou a viver nos pampas da América do Sul durante muito tempo, mas acabou extinto.
Enfim, por volta de 4 Milhões de anos atrás surgiu o Equus o gênero atual dos eqüinos. O primeiro Equus tinha o tamanho de um pônei, e era um cavalo típico: espinha rígida, pescoço longo, pernas longas, perna com ossos de rotação não fundidos, nariz longo e flexível, focinho, mandíbula profunda. O cérebro era um pouco maior do que Dinohippus. Equus era (e ainda é) “uni-dedo”, com ligamentos colaterais que impedem torção do casco, e dentes com cristas fortes, revestidas com cimento (Hunt 2003).
Os membros do Equus ainda conservam genes para fazer os dedos laterais dos pés. Normalmente estes se expressam como dedos vestigiais em torno dos dedos grandes centrais. (Gould 1983).
Segundo Hunt (2003) os primeiros Equus conhecidos foram um grupo de três "simples Equus" coletivamente conhecidos como o grupo dos Equus simplicidens. Eles tinham corpos similares às zebras (relativamente curtos, ombros retos e pescoço grosso), e crânios idênticos aos burros (curtos e estreitos). Eles provavelmente tinham crina “selvagem”, eretas, orelhas de tamanho médio e, talvez, algumas faixas na parte traseira. Eles rapidamente se diversificaram em pelo menos 12 novas espécies em 4 grupos diferentes, em uma explosão evolutiva.
Durante a primeira grande Glaciação (final do Plioceno - 2,6Ma), algumas espécies de Equus migraram para o Velho Mundo. Alguns entraram em África, e originaram as modernas zebras. Outros foram para a Ásia, Oriente Médio e Norte da África, originando os Onagros (Assínio típico dos desertos). Enfim, espalhados pela Ásia, Oriente Médio e Europa como Equus caballus, o grupo dos eqüídeos foi talvez o mais bem sucedido gênero de Perissodátilo, antes mesmo da domesticação por seres humanos (Handwerk 2006).
O cavalo extinguiu-se na América há cerca de 120 mil anos, ainda no Pleistoceno mas o Equus, pequeno e robusto, foi capaz de suportar os climas mais difíceis e acabou se espalhando pelo mundo. Ao observarmos as mudanças ocorridas desde o Hyracotherium até o Equus é interessante notarmos a força da seleção natural a longo prazo, através do registro fóssil, antigo e completo, verificamos que o ambiente selecionou as adaptações necessárias para sua sobrevivência, como por exemplo, a diminuição da quantidade de dedos das patas, devido à redução dos pântanos e surgimento de planícies e campinas.

Meu :
O cavalo é um mamífero cuja evolução tem inicio à cerca de sessenta milhões de anos, é usual usar-se a divisão dos ancestrais em quatro fases (baseadas na evolução das suas patas para um só dedo).Uma certeza é absoluta, a origem do cavalo desde à milhões de anos até ao momento em que vivemos está inerente às condições ambientais como tambem às regras de sobrevivência dos ancestrais do cavalo.
A adaptação dos antepassados do cavalo ao ambiente, clima, solo, água, aos mecanismos de defesa e outros tantos factores fez com que várias raças e populações de animais domésticos evoluíssem Hoje em dia existem centenas de raças, linhagens e tipos que possuem ....
o cavalo tem deixado seu parâmetro de liberdade e animal utilizado como fonte de alimento pelo Homem, para se tornar figura principal em atividades como transporte, lazer e esporte, tornando-se importante no contexto sócio-econômico e cultural. É evidente que a utilidade dos cavalos têm vindo a unificar-se ao longo o tempo com a evolução ganharam tamanho e sofreram mudanças pelo corpo inteiro.
http://www.infoescola.com/zootecnia/equideocultura-criacao-de-cavalos/http://www.oscavalos.com/c-origens.htmlhttp://www.planetvet.com.br/index.php/econhecimento/animais-de-producao/equinos/historia/78-historia-dos-equinos

Ainda no Eoceno, há cerca de 47 milhões de anos atrás, surgiu o Epihippus, que continuou a tendência evolutiva cada vez mais eficiente de moagem: possuía cinco dentes de coroa baixa, moedores, com cristas bem formadas. Uma forma de tardia de Epihippus às vezes chamado de Duchesnehippus tinha dentes semelhantes aos eqüídeos do Oligoceno, embora um pouco menos desenvolvidos. Acredita-se que o Duchesnehippus pode ter sido um subgênero do Epihippus ou um gênero distinto, isto ainda é bastante controverso (Hunt 2003).
Já no final do Eoceno e começo do Oligoceno, o clima foi se tornando mais árido e muitas gramíneas se desenvolveram, surgiu, então o Mesohippus: de constituição mais sólida, maior e com patas, pescoço, focinho e face mais alongados e costas menos arqueadas. Já apresentando uma redução para 3 dedos e dentes mais adequados às gramíneas do que arbustos e musgos dos pântanos. Este animal possuía uma depressão no crânio ou fossa facial superficial. Outra característica era hemisférios cerebrais bastante largos, similares ao cérebro eqüino de hoje (Hunt 2003).

O Pliohippus surgiu no meio do Mioceno como um cavalo de 3 dedos e foi gradativamente “perdendo” (através da evolução) os dedos laterais (início do Plioceno). Ele era muito semelhante ao Equus, exceto por duas características: fossas faciais profundas e dentes fortemente curvados, enquanto que Equus não possui fossa e os dentes são bastante retos. Apesar de Pliohippus ser relacionado com Equus, ele provavelmente não o originou. Astrohippus foi outro “cavalo-de-um-dedo” que surgiu pouco depois e também teve grandes fossas faciais, sendo, provavelmente, um descendente de Pliohippus (McFadden 1984).


Enfim, por volta de 4 Milhões de anos atrás surgiu o Equus o gênero atual dos eqüinos. O primeiro Equus tinha o tamanho de um pônei, e era um cavalo típico: espinha rígida, pescoço longo, pernas longas, perna com ossos de rotação não fundidos, nariz longo e flexível, focinho, mandíbula profunda. O cérebro era um pouco maior do que Dinohippus. Equus era (e ainda é) “uni-dedo”, com ligamentos colaterais que impedem torção do casco, e dentes com cristas fortes, revestidas com cimento (Hunt 2003).
Os membros do Equus ainda conservam genes para fazer os dedos laterais dos pés. Normalmente estes se expressam como dedos vestigiais em torno dos dedos grandes centrais. (Gould 1983).
Segundo Hunt (2003) os primeiros Equus conhecidos foram um grupo de três "simples Equus" coletivamente conhecidos como o grupo dos Equus simplicidens. Eles tinham corpos similares às zebras (relativamente curtos, ombros retos e pescoço grosso), e crânios idênticos aos burros (curtos e estreitos). Eles provavelmente tinham crina “selvagem”, eretas, orelhas de tamanho médio e, talvez, algumas faixas na parte traseira. Eles rapidamente se diversificaram em pelo menos 12 novas espécies em 4 grupos diferentes, em uma explosão evolutiva.

O cavalo extinguiu-se na América há cerca de 120 mil anos, ainda no Pleistoceno mas o Equus, pequeno e robusto, foi capaz de suportar os climas mais difíceis e acabou se espalhando pelo mundo. Ao observarmos as mudanças ocorridas desde o Hyracotherium até o Equus é interessante notarmos a força da seleção natural a longo prazo, através do registro fóssil, antigo e completo, verificamos que o ambiente selecionou as adaptações necessárias para sua sobrevivência, como por exemplo, a diminuição da quantidade de dedos das patas, devido à redução dos pântanos e surgimento de planícies e campinas.
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